quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Portugal na vertical... O nosso vídeo

Portugal na Vertical... no Solnet.com

Portugal na Vertical... no Trilongo.com

Portugal na Vertical... no Lusomotores.com

Portugal na Vertical... Acerca da mente


"Mind plays tricks on you"
O momento mais difícil foi sair de Viana. A partir daí, a cada pedalada, estava mais perto de Sagres. Se é verdade que isto é uma evidência, foi este o meu maior "salto" mental para encarar o trajecto.

Este pensamento treina-se. Representou uma grande alteração na minha forma de andar de bicicleta. A dificuldade está em interiorizá-lo.
Na maior parte das vezes pensamos que as maiores dificuldades aparecem mais tarde, quando já estamos cansados, mas na realidade nesse momento já estamos mais perto do objectivo. O cansaço tende a limitar este pensamento positivo.

1. Ao longo do trajecto importei os truques mentais habituais de quem faz longas distâncias:

* Relativizar a distância e o tempo que vamos demorar a percorrê-la
* Centrar a atenção no momento actual
* Controlar a FC e a cadência para os valores definidos no treino
* Não achar que podemos ser mais rápidos do que alguma vez fomos
* Não lutar contra elementos adversos que não conseguimos controlar (vento, calor, subidas, etc.)
* Manter o controlo sobre o que depende de nós (hidratação, alimentação, boa disposição, etc)

Todos estes aspectos só são realmente relevantes se conseguirmos manter o foco no nosso objectivo de chegar.

O 2º salto mental salto que propus a mim mesmo foi - Conseguir manter o "cérebro" a pensar para bem do corpinho e não o contrário. Este aspecto representa outra alteração radical na forma de andar de bicicleta.

* As desantenções e o excesso de confiança são difíceis de compensar
* Mantive-me fiel ao plano que tínhamos feito evitando a tentação de "improvisar"
* Percebi que tudo o que não era pensado tende a correr mal

Portugal na Vertical em fotos

Portugal na Vertical... Acerca do corpo



Passados 4 dias sobre o PT na Vertical acho que já posso dizer umas coisas sobre "a viagem" entre Viana do Castelo e a Vila Sagres.


  • Não se fazem tantos kms sem treinar distâncias intermédias - Acho que o acumular de 3oo e 400 km garantiu pequenas coisas que fazem toda a diferença:
    1. Sabia qual a cadência com a qual me sentia confortável e que me provocava menos danos musculares e articulares.
    2. Tinha noção da velocidade média que deveria trazer ao longo do trajecto.
    3. Tinha vindo a afinar os pontos de contacto da bicicleta (selim, guiador/aerobars e pedais), para evitar mazelas impeditivas de chegar a Sagres.
    4. Tinha experimentado tudo quanto era possível experimentar antes de efectuar o percurso... excepto a roupa, o que ainda assim correu bem.
  • Conhecer bem as reacções do nosso corpo.
    1. Eu gosto de andar de bicicleta à tarde e à noite e detesto andar de manhã. Isto permitiu-me antever que um dos problemas que ia ter seria ao amanhecer na zona de Lx.
    2. Tenho tendência para esforçar a banda iliotibial. Se durante 12 ou 13 horas não me ressinto, sabia que neste trajecto podia ter problemas pelo que tive de manter o foco na tentativa de não a esforçar.
    3. O calor seria uma forte condicionante da 2ª parte do trajecto e sei que perco muita água pelo suor. Sabia que tinha de tentar beber pelo menos 1 Lt/hora e aproveitar a noite para chegar bem hidratado ao "dia".
    4. Tinha treinado o estômago a comer e a fazer digestões sempre complicadas quando pedalo com calor.
    5. Encontrei alternativas as barras energéticas, percebi que para mim estas apenas funcionam para saídas de +- 6 horas.
    6. Finalmente tinha conseguido encontrar variedade nas bebidas isotónicas que podia utilizar sem me causarem mau estar.
  • Imponderáveis que não estavam no programa de festas:
    1. Nos últimos 70 kms tive algumas dores nos joelhos na zona da patela - Penso que por causa de ter o selim um pouco à frente com o objectivo de aumentar o ângulo do pescoço quando ando nos aerobars. Terei de rever esta afinação.
    2. Aos 500 kms de trajecto os meus sapatos XPTO estragaram o fecho - Fui obrigado a mudar de sapatos e não correu bem pois começaram a doer-me os pés. Já tinha percebido que o material hi-tech é bom para dar uns passeios mas não para estas coisas.
    3. Protector solar - É estranho como algo tão básico foi esquecido, não foi problemático para o percurso mas...
    4. ... Mesmo com o atentos cuidados do Rui, os meus trapézios ficaram bastante maçados.
Acho que ainda tenho mais umas coisas para contar... fica para a próxima.

Obrigado


Houve um conjunto de pessoas que nos ajudaram a chegar de Viana do Castelo a Sagres.


  • A nossa "tripulação" que nos deu de comer, nos iluminou o caminho, e nos manteve a pedalar... também eles sem dormir. Sem eles tínhamos ficado por 1/2 PT na vertical. Um ajuda sem preço... A Filó, o Rui, a Paula, o Alves e a Cristina foram incansáveis.
  • Outros moços que foram impecáveis connosco foram a KIA Motors Portugal, a Revista Performance, a GoldNutrition e o ApartHotel Don Tenório. No meio disto tudo não nos esquecemos que somos uns perfeitos amadores e que iniciativas como esta não representam uma mais valia comercial significativa para estas organizações. Ainda assim identificaram-se com a ideia e deram-nos o seu suporte.
  • Os nossos amigos que nos foram "melgando" a cabeça durante os últimos meses fazendo perguntas difíceis e que nos últimos dias nos têm incentivado estrondosamente... Um grande bem haja para todos e um abraço especial ao António Bento que nos foi esperar a Sagres.
  • Os companheiros do pedal com quem temos trocado experiências e conhecimento, fundamentais para este nosso desafio. Destes, o Carneiro e o arioplano tiveram um papel decisivo pois para além da "blogesfera", ontem acompanharam-nos durante uma parte periclitante do percurso. Foram valiosos, tendo o amigo Carneiro capturado o 1º momento fotográfico do Portugal na Vertical. O "espírito" do trajecto está na sua foto.

Surpresa.... na Lusa

Lisboa, 25 Jul (LUSA)

Dois ciclistas amadores da zona de Lisboa propõem-se atravessar Portugal "na vertical" em aproximadamente 24 horas, partindo de Viana de Castelo na tarde de sábado e chegando a Sagres um dia depois, num total de quase 700 quilómetros.
A pedalarem juntos há cerca de 17 anos, Albano Simões e Pedro Alves começaram a planear esta "travessia" inédita no dia 12 de Agosto do ano passado, depois da prova Lisboa-Serpa-Lisboa. "Por que é que não atravessam Portugal na vertical", propôs um amigo dos ciclistas, que de imediato aceitaram a sugestão e já fazem projectos além-fronteiras.
Para esta aventura, tiveram que "preparar o corpo e a mente", contou Albano à Lusa, enquanto Pedro sublinhou também o treino necessário para o estômago.
Durante as 24 a 26 horas que planeiam gastar no percurso, as "refeições" serão ingeridas em cima da bicicleta e terão por isso que se limitar a água e barras e bebidas energéticas.
Nas curtas paragens - entre 07 a 15 minutos - que vão fazer de hora a hora ou a cada duas horas ingerem desde massas a fruta e sumos, até porque é necessário evitar que o corpo crie aversão ao açúcar e deixe de fazer as digestões. “Não basta pedalar, é a comida que também nos leva até ao final. Igualmente importante é não deixar de pensar.
Mesmo quando estamos cansados temos de pensar em como controlar o esforço, em comer e beber”, explicou Pedro Alves.
A preparação iniciou-se em Outubro, mas mais intensamente desde Março, e incluiu percursos a rondar os 75 por cento da totalidade do percurso final, um método de treino semelhante aos maratonistas. Cada ciclista é acompanhado por uma carrinha de apoio, que além do abastecimento vai “proteger as costas” dos dois amigos, principalmente dos automóveis na Nacional 01 e no IP 02, assim como iluminar o caminho durante a noite. Sobre outras necessidades básicas e mais ou menos urgentes, Albano, entre risos, vai afirmando que a “casa-de-banho é universal e acontece quando o momento ditar porque o mal-estar afecta o rendimento”.
Pedro também garante que “se tiver de parar, pára”, mas que o esforço do organismo anula a produção de resíduos sólidos e a transpirção - cerca de um litro de suor por hora - também limita a urina.
A fim de evitar a desidratação, os ciclistas têm que consumir pelo menos um litro de água por hora.
Para 2011, a dupla admite fazer o percurso Paris-Brest-Paris e, ainda sem data definida, esperam chegar a um “outro patamar” e fazerem o “costa a costa” dos Estados Unidos, em nove dias, na denominada Race Cross América

Portugal na Vertical na Revista Noticias do Pedal


Este Blog tem produzido algumas surpresas inesperadamente agradáveis....
A última foi da iniciativa do amigo José Morais da Revista Notícias do Pedal online. Esta revista que a 30 de Julho fará 9 anos de existência divulga iniciativas relacionadas com as bicicletas.
Seria excelente que a "divulgação", entre amigos e "bloggers", sirva o pequeno objectivo de em Portugal nascerem e crescerem percursos de ultra-distância em bicicleta.
O nosso agradecimento

200 x 2

Neste fim de semana, mais uma etapa na preparação do Portugal na Vertical.
Em paralelo foi a despedida da minha bela Trek 5500 nestas "lides". Uma bicicleta que me vai deixar saudades pelos muitos milhares de Kms que fiz sem nunca ficar empenado... talvez o "Made in USA" ainda quisesse dizer qualquer coisa... Adiante.
Juntamente com o Simões, companheiro de estrada de há muitos anos, fizemos o que nos tínhamos proposto há alguns meses fazer Lisboa - Odeceixe e regresso. Mais do que a distância percorrida, sensivelmente uns 400kms, queríamos procurar afinar:
  1. A questão da alimentação, percebendo em detalhe qual a relação velocidade/FC, por forma a fazer uma reposição alimentar da ordem das 600/700 Kcal/h;
  2. Tentar perceber qual a melhor forma de gerir pequenas paragens.
  • Globalmente foi um treino interessante. O regresso com vento NW forte dificultou-nos a vida. Em paralelo os 26/27 graus deram uma aproximação do calor de Julho, daqui decorreu que provavelmente o plano inicial de sair de Viana ao fim da tarde... não se manterá.
  • O facto de não ter perdido peso neste "passeio" indica que a base da lógica alimentar está no bom caminho, fundamental para que se conseguir afinar outras coisas...

O que é isto do PT na vertical

Esta ideia parva surgiu algures em Agosto 2007 depois de Lisboa-Serpa-Lisboa...
Passados uns dias o meu grande amigo Rui Gouveia disse-me: Então e agora... vamos ao Portugal na diagonal? Ná, na diagonal não, tem muita serras e muitas "ladeiras" estás louco !!!

Fiquei-me pelo Portugal na Vertical...

A ideia é simples - Pedalar de Viana do Castelo -> Sagres non stop...

Acerca de mim

A minha foto
Pedalando por aí... de preferência em estradas sem buracos... de preferência... sozinho... ou bem acompanhado. 2008 = Portugal na Vertical - Viana do Castelo Sagres Non Stop foi a 27 de Julho. Em 2009 lá fui eu outra vez... Portugal na Vertical 2ª edição. Em 2010 não há 2 sem 3 lá se fez o Portugal na Vertical + os Brevets do ACP rumo ao PBP 2011 Em 2011 = Randonneurs Portugal e o PBP 2011 em Agosto. 2012- We will see...