- É Verdade que conseguimos concluir o Portugal na Vertical BRM 600 kms;
- É verdade que o Albano tanto teimou que e à 3ª vez conseguiu;
- É verdade que para nós este ano o Portugal na Vertical era especial;
- É verdade que conseguimos homologar o 1º Brevet Randonneurs Moundiaux em Portugal logo na distância de 600 kms;
- É verdade que abrimos a porta a quem queira organizar BRM em Portugal de acordo com a regras do Audax CLub Parisien.
Fica aqui a parte menos lírica e romântica do PORTUGAL NA VERTICAL BRM 600
Faz por estes dias 3 anos que tinha prometido a mim mesmo que sempre que o termómetro atingisse os 40º parava. Espera que me viessem buscar, onde quer que estivesse.
Neste domingo, não que não me lembrasse do meu compromisso, fui surpreendido e não estava à espera de encontrar 49º. Eu não gosto de surpresas!
Pedalar com 49º é uma experiência que desejo não repetir, eu não gosto de surpresas, este ano não tinha pedalado com muito calor e sabia que o Portugal na Vertical - BRM 600 passaria pelo menos umas 8 horas por uma região chamada Alentejo, que, por vezes nos prega destas partidas. E foi precisamente no trajecto a sul de Tróia que lá estavam os 49º à nossa espera.
"...Eu e a "cena cool" que agora está na moda de descobrir os limites do corpo não ligamos...aliás acho-a verdadeiramente idiota..."
Digamos que eu acho que o corpo não tem um conta rotações muito exacto… e o sobre regime pode derivar de muitas causas, algumas delas pouco perceptiveis quando estamos em situações de apuro.
Digamos que eu acho que o corpo não tem um conta rotações muito exacto… e o sobre regime pode derivar de muitas causas, algumas delas pouco perceptiveis quando estamos em situações de apuro.
Bem sei que está na moda ser radical, mas só se sabe onde é o limite do corpo quando se o ultrapassa e geralmente nesse momento, das duas uma;
- Ou ficamos em estados realmente deploráveis
- Ou então se a coisa corre realmente mal ganhamos 2 metros quadrados e com uma jarra de flores de plástico por cima…. RIP !
Perante os 49º o 1º pensamento que me dominou foi semelhante aos momentos, poucos felizmente, que já tive na vela quando no mar, por momentos, pensamos que vamos ser alimento para sardinhas.
1º manter o cérebro a pensar, não desligar... pensar… pensar.
Entre os vários pensamento que não me largaram: “bebe água devagar”, “anda devagar”, “pedala de forma económica”,”diminui a cadência”.
3º Cobrir o corpo do sol. Valeram-me as minhas "meias de gola alta" e o hidrapack.
Eu sei que perdas acima de 2,5 litros, para o meu peso, resultam numa desidratação de -+ 3%. Mais preocupante é saber que nos 5% estamos no patamar da insolação, náuseas, vómitos, perda de visão…coisas interessantes... e estivemos lá quase... quase. Livramo-nos por um "triz".
Quem leu isto até aqui pode perguntar; então há que beber mais e está o problema resolvido. Errado! A quantidade máxima que o intestino consegue absorver e colocar na corrente sanguínea é cerca de 1L/hora e nestas condições perde-se o dobro. Como me disse o Carneiro algures por terras da Comporta a solução é parar e descansar. Palavras sensatas.
Está experiência passou-se em 4 horas das 7 horas que pedalámos a sul de Tróia , eu sempre com o pensamento que nos 10% de desidratação ganha-se, de forma definitiva, o tal vaso com as flores de plástico.
No final correu bem nós conseguimos concluir Portugal na Vertical - BRM 600 com algumas mazelas físicas mas com alguma clarividência emocional o que foi positivo, mas ficou um aviso evidente e valeu ter-se conseguido manter o cérebro a pensar.
Com isto relembrei-me que perante 40º vá para onde for… horizontal, diagonal ou Portugal na Vertical , paro e pedalo noutro dia... pela fresca!
Está experiência passou-se em 4 horas das 7 horas que pedalámos a sul de Tróia , eu sempre com o pensamento que nos 10% de desidratação ganha-se, de forma definitiva, o tal vaso com as flores de plástico.
No final correu bem nós conseguimos concluir Portugal na Vertical - BRM 600 com algumas mazelas físicas mas com alguma clarividência emocional o que foi positivo, mas ficou um aviso evidente e valeu ter-se conseguido manter o cérebro a pensar.
Com isto relembrei-me que perante 40º vá para onde for… horizontal, diagonal ou Portugal na Vertical , paro e pedalo noutro dia... pela fresca!
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